Paraense desempregado

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Um paraense desempregado, com o nome de Juvenal foi tentar mais um emprego em outra entrevista. Ao chegar no escritório, o entrevistador lhe perguntou:
- Qual foi seu último salário?
- "Salário mínimo", respondeu Juvenal.
- Pois se o Sr. for contratado ganhará 100 mil dólares por mês.
- Jura?
- Qual carro o sr. tem?
- Na verdade, só um carrinho pra vender açaí na rua.
- Pois se o senhor trabalhar conosco ganhará um Audi para você e uma BMW para sua esposa?
- Jura?
- O senhor viaja muito para o exterior?
- O mais longe que fui foi para Manaus, visitar uns parentes que moram na vila do paraquequara...
- Pois se o senhor trabalhar aqui viajará pelo menos 5 vezes para Londres, Paris, Roma e Mônaco.
- Jura?
- E lhe digo mais... O emprego é quase seu. Só não lhe confirmo agora porque tenho que falar com meu gerente. Mas é praticamente garantido. Se amanhã até a meia-noite o senhor NÃO receber um telegrama, pode vir trabalhar na segunda-feira.
Juvenal saiu do escritório radiante. Sexta-feira mais feliz...

não poderia haver. Chegou em casa e contou as boas novas. Convocou o bairro todo para uma churrascada comemorativa a base de muito carimbó.
Sábado, 9 horas da noite a festa fervia. A banda tocava, o povo dançava, a bebida rolava solta. 10 horas, e a mulher de Juvenal aflita, achava tudo um exagero. A vizinha, interesseira, aprovava. A banda tocava. 11 horas, Juvenal era o rei do bairro. Gastaria horrores para o bairro encher a pança. Tudo por conta do primeiro salário. E a mulher resignada.
11 horas, 55 minutos. Vira na esquina buzinando feito louca uma motoca amarela. Era do correio.
A festa parou. A banda se calou. A tuba engasgou. Meu Deus , e agora?
Quem pagaria a conta da festa? Coitado do Juvenal era a frase mais ouvida. Jogaram água na churrasqueira. O chopp esquentou. A motoca parou.
- Senhor Juvenal Batista Romano Barbieri?
- Sim, sou eu...
A multidão não resistiu...
- OOOOOHHHHHHHHHHH!
- Telegrama pro senhor...
Juvenal não acreditava... Pegou o telegrama, ergueu a cabeça e olhou para todos. Silêncio total. Respirou fundo e abriu o telegrama. Olhou de novo para o povo e a consternação era geral Tirou o telegrama do envelope, abriu e começou a ler. O povo em silêncio aguardava a notícia e se perguntava.
- E agora? Quem pagará pela festa? Juvenal recomeçou a ler, levantou os olhos e olhou mais uma vez para o povo que o encarava... Então, Juvenal deu um berro triunfal e começou a gritar eufórico:
- Mamãe morreeeeuuu! Mamãe Morreeeeuuu!

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